Desde o processo de produção até o tipo de colheita, todos os passos para se cultivar um pretão de procedência são importantes. Para averiguar a qualidade do grão, a certificação de cafés é essencial. Nesse mercado de produtos especiais, ter esse selo significa ganhar confiança de consumidores e empresas. Além disso, no cenário cafeeiro, esse reconhecimento garante mais destaque nas áreas de sustentabilidade e manejo.
Você já se deparou com algum selo na embalagem do seu pretão favorito e não entendeu o que ele significava? Então, este post é para você. Continue a leitura e conheça os principais nomes da certificação do café!
Principais selos de certificação
No mundo do café especial, existem inúmeros selos de certificação de qualidade. Desde aqueles que aprovam cadeias de produção sustentáveis até os que atestam o manejo totalmente orgânico. Reconhecer e saber o que essa marca na embalagem do pretão significa é essencial para descobrir a procedência do grão que você está consumindo.
Confira os principais selos de certificação do café.
Selo de Pureza Abic
A Associação Brasileira da Indústria do Café (Abic) criou em 1989 o Programa Permanente de Controle da Pureza do Café (PPCPC). Esse é um projeto que funciona como uma autorregulamentação voluntária, em que as empresas associadas são fiscalizadas de acordo com as regras dessa proposta.
Se todas as competências forem cumpridas, produtores de café e empresas recebem a autorização para utilizar o Selo de Pureza para comprovar a procedência de seus produtos. Isso significa que um pretão com essa certificação não tem misturas ou adulterações, garantindo segurança alimentar e conquistando o respeito dos coffee lovers.
Selos de Qualidade Abic
Outro importante selo que a Abic criou foi o do Programa de Qualidade do Café. Desenvolvida em 2004, essa certificação aprova, por meio de uma metodologia própria de análise sensorial, a qualidade do produto final e divide o pretão em quatro categorias: gourmet, superior, tradicional e extraforte.
Aqueles classificados como gourmet são os de alta qualidade e recebem notas acima de 7,3 na Qualidade Global (sendo a máxima 10). O perfil sensorial desse café tem sabor e aroma muito suaves devido à seleção cuidadosa dos grãos. São produtos finos, raros e exclusivos.
Já o superior, em uma escala de qualidade, está no nível intermediário. O amargor do produto não é intenso, tem sabor e aroma equilibrado, deixando gosto agradável no paladar. Em termos de nota de Qualidade Global, esses grãos ficam entre 6,0 e 7,2.
O tipo tradicional e extraforte são os mais consumidos pelos brasileiros. Esses cafés possuem torra bem acentuada, ressaltando o amargor do grão. Os produtos têm preço bastante acessível e a nota de Qualidade Global fica entre 4,5 e 5,9.
Brazilian Specialty Coffee Association (BSCA)
A certificação de qualidade dos cafés especiais da Brazilian Specialty Coffee Association (BSCA) é outra bastante importante que todo coffee lover precisa se atentar. Essa associação regulamenta os padrões dos melhores grãos no país.
O selo oferecido pela BSCA possui numeração individual, além de ter um QR Code para consulta. Dessa forma, o consumidor consegue ter total rastreabilidade do produto.
Selo Orgânico
O selo Orgânico é oferecido para as produções que utilizam manejo livre de qualquer tipo de agrotóxico, adubo químico, radiação ou modificação genética.
A certificação é realizda por certificadoras que precisam estar devidamente credenciadas ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e ao Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro).
Certificações Rainforest Alliance e UTZ
Essa certificação internacional é a fusão de dois grandes selos: UTZ e Rainforest Alliance. Em 2018, as associações se uniram para gerar um novo protocolo global que tivesse maior impacto social, ambiental e econômico.
Dessa forma, fazendeiros e produtores conseguem uma estrutura ainda mais aprimorada para melhorar seus meios de produção, protegendo as vegetações locais.
Indicação de Procedência
A Indicação de Procedência (IP) é oferecida de acordo com o território da plantação cafeeira. Geralmente, esse selo está nos principais Estados produtores de café do Brasil ou que têm tradição nessa área.
Atualmente, o país possui quatro regiões classificadas com Indicação de Procedência: Alta Mogiana e Região de Pinhal em São Paulo, Oeste da Bahia e Norte Pioneiro do Paraná.
Essa certificação acaba por agregar valor e inibir o uso indevido do nome da região. Dessa forma, para adquirir a licença e poder utilizar os selos na embalagem, o produtor precisa cumprir todas as competências das associações integradas à certificação. Pontuação mínima de cafés especiais e responsabilidade socioambiental são exemplos desses requisitos.
Denominação de Origem
O selo de Denominação de Origem é oferecido pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi). Essa certificação é uma transição da Indicação de Procedência, atestando produtos que têm normas e controles mais específicos de determinada região, que resulta em um cultivo de características exclusivas.
Sendo assim, esse selo tem como objetivo valorizar a produção de uma localidade e suas especificidades. Os fatores levados em consideração são os naturais, como clima, solo, relevo, altitude, e também os tecnológicos e humanos. Para receber essa certificação, o produtor precisa seguir critérios de identidade, qualidade e rastreabilidade do café, por exemplo.
Atualmente, no Brasil, apenas o Cerrado Mineiro e a Mantiqueira de Minas são certificadas com o selo de Denominação de Origem.
Cup Of Excellence
Todos os anos, a Abic lança o Cup Of Excellence, um concurso nacional de qualidade do café. A associação escolhe os melhores pretões do Brasil, avaliando a cadeia de produção do grão, aroma, sabor, entre outras competências.
Os grãos passam por rigorosos processos avaliativos até que sejam classificados de melhor para pior. O objetivo é auxiliar, recompensar e reconhecer os trabalhadores que são dedicados à cafeicultura pelos seus esforços e empenho.
Os ganhadores da competição acabam recebendo o selo Cup Of Excellence, garantindo qualidade e procedência de seus produtos e sinalizando que determinados grãos foram finalistas do concurso nacional.
Além desses, existem outras diversas certificações que garantem e atestam a qualidade dos pretões. Selo Cafés Do Brasil, Coffee Of The Year e Certificação 4C são alguns exemplos. Escolher os grãos com essas marcas significa potencializar a experiência de tomar uma bebida rica em sabor e aroma.
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